A Polícia Civil gaúcha ajuda a corporação de São Paulo a investigar a morte de Marluce da Silva Fonseca, 35 anos, encontrada morta na capital paulista. A mineira que morava em Montenegro, no Vale do Caí, deixou o município no início do mês sem avisar a família, e foi considerada desaparecida. No último final de semana, parentes seus foram acionados em São Paulo e reconheceram o corpo. Alguns pertences dela também foram encontrados.
A causa da morte ainda não foi identificada, segundo André Roese, titular da 1ª Delegacia de Montenegro. Até agora, a corporação teve acesso a imagens que mostram Marluce embarcando para São Paulo no dia 8 de março, no aeroporto Salgado Filho, além de impressões digitais do local onde ela residia.
Marluce morava no Vale do Caí desde 2015. Ela registrou ocorrências de ameaça devido a assédio que sofria nas redes sociais.
— Nas ocorrências, ela se dizia perseguida por terem entrado na sua rede social e no seu e-mail. Em suma, ela dizia que tinham hackeado suas contas — diz o delegado André Roese.
As ameaças são o ponto de partida da apuração conduzida pelas polícias dos dois estados, para identificar circunstâncias que possam estar relacionadas com o óbito.
Marluce, natural de Santa Bárbara do Monte Verde, em Minas Gerais, cursou Dança na Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs), para realizar o sonho de ser dançarina profissional. . Ela também trabalhou em supermercado e restaurantes de Montenegro. Quando foi para São Paulo, ela desembarcou no aeroporto de Guarulhos e se deslocou para um hotel do bairro Tatuapé. Ela manteve contato com parentes no dia 9. Depois, não foi mais vista. Os familiares de Marluce fizeram uma campanha nas redes sociais para encontrá-la, sem sucesso.
O coordenador da TV Cultura da região, Estevão Dornelles, diz que Marluce atuou em grupos grupos que fazem parte de Fundação Municipal de Arte de Montenegro (Fundarte), como a própria TV Cultura, a Associação de Amigos da Fundarte e diversos grupos artísticos da fundação.
— Certamente deixará muitas saudades e sempre lembraremos de sua alegria e dedicação em tudo aquilo que se propôs a fazer, sempre com um sorriso no rosto. Esperamos que o caso seja solucionado e que haja justiça. E que sua família se sinta acolhida neste momento de luto — diz Dornelles.