Uma operação policial realizada na manhã desta quarta-feira (1º), no norte do Estado, prendeu quatro suspeitos de serem integrantes de um grupo especializado em adulterar sinais identificadores e documentos de veículos roubados na região. Foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e três de busca e apreensão.
Em Passo Fundo foi preso um suspeito que seria responsável pelo esquema. Em Espumoso, dois presos são investigados por envolvimento na revenda dos carros clonados. Houve, ainda, uma prisão em flagrante, em Espumoso, de um homem que portava uma espingarda calibre 12 com numeração raspada. Foram apreendidos cinco veículos clonados.
De acordo com o apurado pela Polícia Civil, o grupo era acionado por ladrões de carros do Rio Grande do Sul e fazia clonagens difíceis de flagrar: em vários casos já identificados pela investigação, veículos adulterados pela organização chegaram a passar por barreiras policiais sem serem interceptados.
Em seis meses de investigação, a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Passo Fundo comprovou que pelo menos 12 carros roubados foram adulterados pelo grupo.
O delegado Diogo Ferreira diz que a investigação continua e que tem certeza de que outras pessoas, além dos três suspeitos já identificados e presos, estão envolvidas no esquema. Sobre o homem detido em flagrante, a polícia ainda apura a participação dele. Os nomes dos quatro presos não foram divulgados justamente para evitar prejuízos ao andamento das investigações. A polícia também pretende identificar os compradores dos veículos adulterados, quantos foram clonados e quais os valores cobrados pela quadrilha.
De acordo com o inquérito, os suspeitos adulteravam numerações em vidros, motores e chassis, além de placas e documentos. Ferreira acredita que a organização atuava já há bastante tempo e diz que o grupo era conhecido pela especialização na clonagem completa de veículos:
— É uma rede organizada com várias pessoas envolvidas, tanto em adulteração, quanto na receptação de automóveis. Os veículos eram quase que perfeitamente adulterados e rodavam normalmente por cidades e rodovias. Muitas vezes e conseguimos provar, inclusive, os carros foram abordados em barreiras policiais e nada foi constatado.