O Comando Regional de Polícia Ostensiva Central, com sede em Santa Maria, concluiu o Inquérito Policial Militar (IPM) que investigou cinco policiais da Brigada Militar suspeitos de envolvimento em um caso de agressão a um homem de 47 anos, no dia 23 de janeiro. A situação foi registrada por câmeras de videomonitoramento de um estabelecimento comercial da cidade da Região Central. Todos foram indiciados e responderão na Justiça Militar.
O agressor seria um policial militar que estava de folga e que aparece nas imagens desferindo socos na vítima. Uma viatura do 2º Batalhão de Choque passa pelo local duas vezes, enquanto o homem está sendo agredido, mas os quatro PMs que estão no carro nada fazem.
O policial investigado pelas agressões foi indiciado por tortura e lesão corporal e também será submetido ao Conselho de Disciplina da Brigada Militar. O processo, que é comandado por um colegiado de oficiais, pode levar à exclusão do militar do quadro da instituição. Os quatro PMs que estavam na viatura responderão por prevaricação e a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), cujas punições vão de advertência a detenção por 30 dias.
Os nomes dos policiais não foram divulgados. Todos estão afastados do policiamento desde que o caso chegou ao conhecimento da Brigada Militar, no início de fevereiro. Os militares da guarnição do BP Choque serão reintegrados, enquanto o outro seguirá afastado, pelo menos, até a conclusão do processo.
O comandante do CRPO Central, coronel Cleberson Bastianello, ressalta que a Brigada Militar atuou com celeridade no caso, já que o prazo para conclusão do IPM era de 40 dias, mas foi concluído em cerca de 15.
— É importante que se diga: quando há uma ocorrência de maior complexidade, como foi o caso, temos que dar uma resposta para a sociedade o mais rápido possível. Fizemos várias diligências, houve a ampla defesa e o contraditório, está concluso e encaminharemos à Justiça Militar. E que fique claro para a comunidade, a Brigada Militar não passa a mão por cima, em hipótese alguma, em situações como essas — afirma Bastianello.
Além do IPM, o policial suspeito das agressões também é investigado na Polícia Civil, que ainda não concluiu o inquérito.