Um traficante considerado líder de uma das maiores facções criminosas do Estado morreu aos 52 anos nessa terça-feira (22). Renato Fao Gambini — considerado sucessor do traficante Xandi, executado em 2015, no Litoral Norte — foi encontrado morto por volta do meio-dia na Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan), onde ele cumpria pena.
Segundo o delegado Robertho Peternelli, titular da Delegacia de Homicídios de Canoas, a Polícia Civil suspeita que a causa da morte de Gambini tenha sido um infarto. Para confirmar a causa do óbito, foi solicitada a análise do Instituto-Geral de Perícias (IGP), que tem prazo médio de 30 dias para conclusão. Na cela, segundo o delegado, estavam somente o apenado e o filho dele.
Em 2018, Gambini foi condenado por lavagem de dinheiro. Em 2022, foi indiciado por receptar cargas de drogas vindas do Paraguai. Ele era considerado um dos criadores da maior facção criminosa ligada ao tráfico de drogas do Estado, que teve início no Vale do Sinos. Mesmo preso, ele era um dos responsáveis por gerenciar o condomínio Princesa Isabel, que fica na área central de Porto Alegre.
O residencial foi alvo de uma operação em outubro para prender os envolvidos em um violento ataque a um bar no bairro Campo Novo, na Zona Sul da Capital, que deixou três mortos e 27 feridos.