Um eleitor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, em depoimento à polícia, ter matado o amigo a facadas, em legítima defesa, dentro da casa onde moravam em Itanhaém, litoral de São Paulo, após discussão política. O crime aconteceu na tarde desta última quarta-feira (5). As informações são da Folha de S. Paulo.
À Polícia Civil, o eletricista Luiz Antonio Ferreira da Silva, 42, disse que o desentendimento começou após a vítima afirmar, enquanto almoçavam, que "todo o petista era ladrão". Em depoimento, ele afirmou ter respondido: "você está comendo a comida que o petista comprou". Depois, disse ter sido atacado com a mesma faca que usou para reagir. O suspeito foi preso em flagrante no local.
Apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), o estilista José Roberto Gomes Mendes, 51, teria levantado da mesa para atirar uma panela e um rádio na sua direção, segundo a versão contada pelo petista em depoimento.
Em seguida, disse à polícia ter retirado uma faca das mãos do bolsonarista e a usado para golpeá-lo enquanto estavam em luta corporal. Segundo o inquérito, havia ao menos oito perfurações visíveis no corpo da vítima, no rosto, costas e pescoço. A Polícia Civil apreendeu a faca e solicitou perícia no local do crime.
Com base no depoimento do petista, o delegado Arilson Brandão, da Divisão de Investigações Gerais (DIG), afirmou ter havido motivação política do crime.
— Devido a uma crítica política da vítima, o suspeito se sentiu ofendido. Ambos passaram a discutir e evoluiu para a agressão. Um deles (a vítima) se muniu com uma faca e, na luta com o autor do crime, conseguiu pegar a arma da vítima, e a esfaqueou — disse o delegado em entrevista à TV Tribuna, afiliada da Rede Globo.