Pelo menos sete ônibus foram atacados em Vitória, capital do Espírito Santo, sendo seis incendiados e outro fuzilado no Complexo da Penha. De acordo com a Secretaria Estadual de Segurança Pública, 15 suspeitos de envolvimento nas ações criminosas foram detidos pela Polícia Civil. Não há registro de feridos.
Os ataques aconteceram durante todo o dia e a noite de terça-feira (11) no Estado. Além da capital capixaba, os bandidos atearam fogo em um coletivo no município de Serra, na região metropolitana de Vitória. Em todos os atentados, os autores estavam encapuzados, e alguns armados com pistolas, gasolina e isqueiros.
— A Polícia Militar (PM) ocupou as regiões e o nosso serviço de inteligência está trabalhando para encontrar todos os envolvidos e trazer mais segurança para os moradores — afirmou o secretário de Segurança Pública capixaba, Marcio Celante.
De acordo com a PM, as ações foram orquestradas e executadas por integrantes da facção criminosa PCV (Primeiro Comando de Vitória), que tem como base o PCC (Primeiro Comando da Capital).
— Eles ordenaram a queima dos ônibus. Quem executou a ação e queimou os ônibus não foram os líderes do tráfico, mas sim os criminosos que estão abaixo na hierarquia criminal. São adolescentes e jovens com armas e gasolina que aproveitam uma situação e abordam um ônibus para tocar fogo — explica o especialista em Segurança Pública Pablo Lira.
Os estragos seriam em retaliação à morte de Jonathan Cândida Cardoso, 26 anos. Ele é apontado como segurança do principal líder do PCV, Fernando Moraes Pereira Pimenta, mais conhecido como Marujo, que é procurado pela polícia.
Na noite de segunda-feira (10), Jonathan se envolveu em uma troca de tiros com a PM, foi baleado e não resistiu aos ferimentos. Ele tinha um mandado de prisão em aberto por tráfico de drogas.