A Polícia Civil divulgou nesta quarta-feira (3) que prendeu mais dois suspeitos de integrar um grupo de Viamão que publicou vídeo de tortura e assassinato de um homem nas redes sociais. A dupla não havia sido localizada na manhã de terça-feira (2), quando foi deflagrada uma operação policial na cidade, com ações também em Porto Alegre.
Na ocasião, um investigado foi preso. Um homem apontado como mandante do crime já se encontrava preso e um mandado contra ele foi cumprido no sistema prisional. Outros dois indivíduos que estariam envolvidos no homicídio foram detidos por outros fatos nos últimos dias.
Segundo a investigação da titular da Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Viamão, delegada Caroline Jacobs, foram cumpridos 15 mandados de busca e seis de prisão preventiva. Em relação aos dois suspeitos que ainda não tinham sido localizados, um foi preso no final da noite de terça-feira em Viamão e o outro se apresentou por volta do mesmo horário à polícia, acompanhado de um advogado.
Com isso, todos os seis suspeitos do assassinato identificados estão presos.
— Prendemos três ontem (terça-feira), outros dois foram detidos por outros fatos e por outros policiais nos últimos dias e o mandante do crime já estava no sistema prisional — explica a delegada.
Homicídio
Conforme o inquérito instaurado, um homem foi torturado e assassinado por integrantes de uma facção que atua em Viamão, no bairro Augusta. Ele teria cometido furtos e roubos na região onde a organização vende drogas. O crime ocorreu no dia 27 de maio e o corpo foi localizado dias depois, enterrado em um terreno baldio no município.
A delegada Caroline diz que o homem foi abordado por cinco criminosos, a pedido do mandante, de dentro da cadeia, e encaminhado para uma casa. No local, foi amarrado, amordaçado e torturado. A vítima foi agredida a socos, pontapés e ainda com pedaços de pau. Depois disso, o homem foi levado para o pátio da residência e executado com vários tiros. O corpo foi transportado para uma área próxima, onde foi enterrado.
Para intimidar a comunidade e mandar “recado” a outros criminosos, a facção gravou imagens da tortura e do assassinato e publicou os vídeos em redes sociais. Os nomes dos presos não foram divulgados porque a investigação continua. A polícia não divulgou ainda o nome da vítima porque aguarda o resultado de perícia para confirmação da identidade do corpo localizado.