Correção: a Justiça estadual analisa pedido da Polícia Civil, mas não decretou a prisão preventiva por homicídio dos PMs envolvidos no caso Gabriel, conforme publicado das 14h13min às 14h43min. O texto foi corrigido.
A Justiça de São Gabriel analisa nesta terça-feira (23) o pedido de prisão preventiva por homicídio duplamente qualificado contra os três policiais militares investigados pela morte do jovem Gabriel Marques Cavalheiro, de 18 anos. O Ministério Público Estadual já deu pareceu favorável ao pedido de prisão feito pela Polícia Civil.
O delegado que conduz a investigação, José Soares Bastos, foi quem solicitou à Justiça a prisão preventiva por homicídio doloso, tendo como base elementos reunidos no inquérito. Há testemunhos de que o jovem foi agredido pelos policiais antes de ser algemado e colocado na viatura.
Os policiais — os soldados Raul Veras Pedroso e Cléber Renato Ramos de Lima e o segundo-sargento Arleu Júnior Cardoso - já estão presos desde a sexta-feira (19) por determinação da Justiça Militar. O decreto ocorreu em função de irregularidades na condução da ocorrência.
Gabriel foi abordado no final da noite da sexta-feira (12), no bairro Independência. Levado na viatura pelos três PMs, não foi mais visto. O corpo do jovem foi encontrado na última sexta-feira, em um açude, na localidade de Lava Pé, a dois quilômetros de onde ocorreu a abordagem.
Na ocorrência, os PMs haviam registrado que revistaram Gabriel e o liberaram. Com o sumiço, foram ouvidos em Inquérito Policial Militar e admitiram ter levado Gabriel para a localidade Lava Pé. Disseram que foi ele quem pediu para ser deixado naquele local, pois estaria procurando a casa de familiares.