A atuação da Força Nacional nas terras indígenas em Nonoai, no norte do Rio Grande do Sul, foi prorrogada na última sexta-feira (19) em determinação do Ministério da Justiça e Segurança Pública, publicada em portaria no Diário Oficial da União. Eles permanecerão nas terras indígenas até o dia 19 de novembro.
O prazo terminaria nesta segunda-feira (22), mas foi ampliado por mais 90 dias. Essa é a quinta vez que atuação do grupo é estendida. A Força Nacional atua na área desde o dia 25 de novembro do ano passado.
A terra indígena fica em uma área de cerca de 16 mil hectares, e faz parte dos municípios de Nonoai, Gramado dos Loureiros, Planalto e Rio dos Índios
A intervenção começou em razão dos casos de violência contra povos indígenas. Em novembro de 2021, um jovem de 23 anos, membro da Aldeia Pinhalzinho, na cidade vizinha de Planalto, foi morto a tiros.
A tensão na localidade foi denunciada pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI), organização vinculada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A entidade alega que os conflitos são gerados, em sua maioria, pelo arrendamento das terras.
Terra Indígena Guarita
Além da região de Nonoai, foi autorizada no dia 15 a atuação da Força Nacional na Terra Indígena Guarita. A reserva abriga o maior contingente de população caingangue e está situada entre os municípios de Tenente Portela, Miraguaí, Erval Seco e Redentora, próximo à fronteira com a Argentina. Mais de 8 mil caingangues vivem no local, além de algumas centenas de guaranis.
Conforme investigações da Polícia Federal, há um confronto que opõe o atual cacique caingangue e um grupo que contesta sua liderança. A Força Nacional atuará por 90 dias no local, contando a partir da última segunda-feira.