Versões diferentes explicam o motivo dos disparos que mataram Junio Eduardo da Silva, 31 anos, na madrugada do último sábado (23), em um bar na altura da parada 19, na Lomba do Pinheiro, na zona leste de Porto Alegre. O autor dos tiros, que não tinha porte de arma e está preso desde então, afirma que tentava separar uma briga entre o seu cachorro, um pit bull, e o de Junio, um vira-lata, acertando a vítima e outro homem por acidente.
As testemunhas confirmam que houve o desentendimento entre os animais, mas deixam dúvidas sobre a motivação do atirador, que seria amigo da vítima. Os relatos foram colhidos pela Polícia Civil na madrugada da ocorrência.
A responsável pelo inquérito, delegada Isadora Galian, prendeu o autor dos disparos em flagrante, amparada pelos depoimentos das testemunhas e do sobrevivente. Segundo ela, os dois estavam bebendo em um bar quando houve o crime. Três tiros foram disparados.
O próximo passo da investigação, segundo a delegada, será descobrir o que teria motivado os tiros que acertaram as vítimas e onde o autor dos disparos estava antes de chegar ao local com seu cachorro.
— Os três eram amigos. Ele afirma que tentava acabar com a briga entre os cachorros. Mas ao que tudo indica, ele deu um tiro em cada um (dos homens). Os animais não foram atingidos — detalhou a responsável pela 1ª Delegacia de Homicídios e Proteção às Pessoas (DHPP) de Porto Alegre.
A delegada afirma que o autor dos disparos acompanhou os dois baleados ao atendimento médico antes de ser preso. A polícia pretende ouvir novamente todas as testemunhas e o sobrevivente para avançar no inquérito ao longo da semana.
Junio foi sepultado ainda no sábado (23), em Viamão, na Região Metropolitana.