Duas operações simultâneas de combate ao narcotráfico foram deflagradas na manhã desta quinta-feira (30) em Rio Grande, Zona Sul do Estado. Uma delas é coordenada pela Polícia Civil, com buscas, apreensões e prisõe realizadas por 50 agentes do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) e policiais locais, da Delegacia Regional. É denominada Operação Narcos e conta com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Receita Federal.
A outra ação é a Operação Ágata, coordenada pela Marinha e que envolve também efetivos do Exército. Essa é específica para a área portuária. Rio Grande é o terceiro porto mais movimentado do Brasil, com movimento de mais de mil contêineres de carga por dia (420 mil por ano). Até por isso, essa fiscalização das Forças Armadas conta com apoio da Receita Federal.
Estão sendo vistoriados barcos que fazem transporte de pessoal e de carga, em ação conjunta com a BM.
A operação Ágata costuma ocorrer periodicamente e acontece em todo o país. Entre 24 de maio e 4 de junho, ação conjunta das três Forças Armadas resultou na apreensão de mais de 550 quilos de maconha, além do confisco de R$ 83 milhões de reais em produtos ilícitos apreendidos e R$ 24,2 milhões entre multas e materiais contrabandeados.
Já a ação coordenada pela Polícia Civil tem como alvos integrantes de duas facções criminosas que dominam as vendas no varejo do tráfico de drogas no Sul do RS. Elas estão em guerra e foram responsáveis pela maioria dos mais de 50 homicídios registrados na cidade este ano. Foram feitas buscas em Rio Grande, São José do Norte e Santa Vitória do Palmar. Oito pessoas foram presas e três armas. Neste último município foram bloqueados imóveis, apreendidos três veículos e encontradas drogas e dinheiro, em quantia ainda não contabilizada.
O delegado Carlos Wendt, do Denarc, e a delegada Lígia Furlanetto, regional da Polícia Civil em Rio Grande, informam que estão sendo cumpridos 10 mandados de busca e um número não revelado de mandados de captura de foragidos. Um traficante foi preso no início da manhã e as buscas continuam.
— Estamos com cães farejadores e grande apoio da PRF, Receita e BM. A expectativa é quebrar um pouco o ciclo de crimes por aqui — resume a delegada Lígia.