Continua hospitalizada na UTI Pediátrica do Hospital de Pronto Socorro (HPS), em Porto Alegre, uma bebê de um ano que foi atingida na cabeça por um disparo com uma espingarda de pressão. O caso aconteceu em uma propriedade rural no interior de Barra do Ribeiro, na última sexta-feira (17). A apuração da polícia aponta que tiro teria sido disparado de forma acidental, por outra criança, de 10 anos.
Aos policiais, a mãe da menina narrou que estava em casa com as duas filhas, lavando louça, quando em determinado momento ouviu um barulho. Nesse momento, teria visto a bebê com muito sangue na cabeça e a outra filha com as mãos ensanguentadas. A mãe relatou que pediu socorro a um familiar, dono da residência onde elas estavam, e seguiu até o hospital de Barra do Ribeiro, onde foi realizado primeiro atendimento. Depois, a bebê foi transferida para o HPS, na Capital. O projétil — ainda não se sabe de qual tipo — ficou alojado na cabeça da criança.
Segundo o delegado Peterson Benitez, da Delegacia da Polícia Civil de Barra do Ribeiro, que investiga o caso, ao serem informados do fato os policiais seguiram até a propriedade onde localizaram um caseiro. O homem entregou à polícia duas armas de pressão — uma delas teria sido disparada — e uma terceira arma de fogo, que não teria nenhuma relação com o tiro que atingiu a bebê. Em razão dessa arma de fogo, o homem foi preso em flagrante, mas recebeu direito de pagar fiança e responder em liberdade.
— É uma criança que lamentavelmente foi atingida por um disparo, a princípio de uma espingarda de pressão. Esse disparo, em tese, foi a irmã de 10 anos (que efetuou). Temos uma criança alvejada e outra criança, que é irmã, e estava com essa espingarda de pressão — disse o delegado a GZH no sábado (18).
Sobre o caseiro, segundo o policial, além de estar em posse de uma arma de fogo, poderá responder por lesão corporal culposa, pelo descuido com as armas de pressão. A arma com a qual teria sido feito o disparo foi recolhida e deve ser periciada.
— O disparo acidental da menina para a irmã é um fato, em tese atípico, porque a criança, não é imputável. Por mais que o caseiro não tenha a intenção e de fato não tem, pelo que se está apurando, não teve intenção, faltou dever de cuidar da guarda da arma de pressão. Estamos trabalhando com crime culposo — explicou o delegado.
A propriedade onde a mãe estava com as duas filhas fica na área rural do município, nas proximidades do limite com Mariana Pimentel. Além do caseiro, a polícia espera ouvir outros familiares nos próximos dias. Neste domingo (19), GZH não conseguiu contato com o delegado Benitez para atualizar informações sobre a investigação.