O motorista de aplicativo que conduzia a jovem que diz ter se jogado do carro após se sentir ameaçada pelo motorista em movimento em Porto Alegre foi ouvido pela Polícia Civil, nesta quinta-feira (3), e negou que tenha tentado drogar a passageira.
O caso passou a ser investigado depois de a mulher relatar que uma substância teria sido usado pelo homem dentro do veículo para fazê-la adormecer. Ela afirma ter se sentido tonta e, então, teria aberto a porta e saltado do carro. A corrida foi feita no último sábado (26).
De acordo com a delegada Jeiselaure Rocha de Souza, titular da 1ª Delegacia de Polícia Especializada no Atendimento à Mulher de Porto Alegre, o homem negou que venda aromatizantes e que teria oferecido algum para a jovem. Ele confirmou que pegou a passageira na Santa Casa de Misericórdia, no Centro Histórico, e a deixou na Zona Sul.
A delegada afirma que as equipes tiveram acesso ao veículo e que nenhum material suspeito foi encontrado. O filtro do ar condicionado também foi inspecionado, mas não foi encontrada nenhuma substância, segundo a polícia. As equipes também fazem vistoria na casa do homem, nesta tarde.
— Ele negou a prática de qualquer crime e também que a mulher tenha se atirado. Disse que eles não tiveram nenhum desentendimento e que a jovem desceu naquele ponto porque ela pediu. Ele relata que estranhou a história toda e que nada teria sido oferecido para ela na corrida. Tudo será investigado e as diligências ainda são feitas. Não descartamos nenhuma possibilidade no momento — explica Jeiselaure.
Em relação a um retorno na via, após o fim da corrida, o motorista afirma que o fez porque foi pegar outro passageiro.
A delegada afirmou que a jovem ainda deve retornar na delegacia para apresentar o que podem vir a ser provas e também passará por perícia. Segundo Jeiselaure, o inquérito deve ser concluído nos próximos dias. Até o momento, a polícia não definiu qual será o enquadramento penal para o caso.
Inicialmente, a jovem havia dito que o motorista que a conduziu não era o mesmo da foto que aparecia no aplicativo. Em um segundo momento, na delegacia, ela verificou novamente a foto e percebeu que, de fato, era o mesmo motorista. A jovem acredita que a confusão possa ter ocorrido devido ao mal-estar provocado pelo incidente.
A polícia afirmou que não recebeu, até o momento, retorno da empresa Indriver, aplicativo em que a corrida foi feita. GZH também entrou em contato com a empresa, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
O caso
O caso passou a ser investigado depois que uma jovem de 22 anos afirmou que se jogou de um carro em movimento no último sábado (26). A mulher contou que passou a se sentir tonta dentro do veículo em razão de alguma substância que teria sido usada pelo motorista de aplicativo. Ela disse que foi impedida de baixar os vidros e que decidiu saltar do carro quando percebeu que iria desmaiar.
Depois, ela afirma que foi conduzida ao Hospital Vila Nova e que teria tido ferimentos no quadril e nas pernas, mas passa bem.