Ao menos três veículos foram atingidos por pedradas, na noite desta quinta-feira (7), entre a freeway e a Avenida Castello Branco, na entrada de Porto Alegre. De acordo com a Brigada Militar (BM), um dos casos envolveu uma viatura da Polícia Civil.
Dois dos motoristas que tiveram carros atingidos, sob a ponte do Guaíba, procuraram a BM para registrar os ataques. Um deles é um motorista de aplicativo, que ficou com ferimentos nos braços. Ao menos seis ligações foram registradas, entre as 19h de quinta e a 0h desta sexta-feira (8).
Até o momento, nenhum suspeito foi localizado. A investigação dos episódios ficará a cargo da Polícia Civil.
Denúncias sobre ocorrências podem ser repassadas pelos seguintes telefones: 0800 642 0121 e (51) 3288 2425 da Polícia Civil ou pelo 191 da PRF e pelo 198 do Comando Rodoviário da BM.
Em junho, no mesmo trecho, uma mulher de 45 anos morreu após ter sido atingida por um paralelepípedo dentro do carro em que estava. Munike Fernandes Krischke era passageira do veículo, que se deslocava em direção à zona sul da Capital. Ela estava acompanhada do marido, com quem iria comemorar o Dia dos Namorados.
"Se pegasse no vidro, o estrago seria maior"
Quase 12 horas após ter o capô do carro atingido por uma pedrada, o aposentado Carlos Azevedo, 60 anos, ainda estava assustado. Ele voltava de Gravataí para Porto Alegre, na noite passada, quando houve o incidente.
Na manhã desta sexta, ele recebeu a reportagem de GZH em casa, no bairro Cristal, na Zona Sul. Na garagem estava o Peugeot 307 prata estacionado, com o capô afundado e as marcas da pedrada. Alguns centímetros para cima, o para-brisas teria sido atingido.
— Eu voltava de um compromisso em Gravataí. Era umas 20h quando ouvi um estrondo, balançou tudo. Se eu fosse um motorista inexperiente teria capotado o carro — diz.
Azevedo relata que não parou o carro e, em seguida avisou, a Brigada Militar, que prometeu enviar uma guarnição para a região. O motorista diz não ter visto quem jogou a pedra e nem o tamanho do objeto.
— É um susto! Se pegasse no vidro, o estrago seria maior. As autoridades têm que tomar providência.