Nesta terça-feira (26), a defesa do ex-vereador do Rio de Janeiro Dr. Jairinho apresentou um vídeo de um circuito de segurança que mostra ele e Monique Medeiros, mãe da criança, carregando o menino Henry Borel nos braços enquanto se dirigiam ao hospital. O casal é réu pelo assassinado da criança e estão presos desde o dia 8 de abril. As informações são do portal G1.
A gravação mostra o ex-parlamentar soprando na boca da criança, enquanto Monique segura nos braços o filho, que não demonstra reação. A polícia afirmou que o garoto já estava morto no momento do vídeo, pois ele foi feito por volta das 4h10min, mas os laudos indicam que Henry morreu cerca de duas horas antes.
A defesa de Jairinho afirma que esse vídeo prova que a criança foi levada com vida ao hospital.
— Esta filmagem revela que Henry foi levado com vida ao hospital, outras circunstâncias que constam dos laudos conduzem a essa conclusão, contrariando a versão acusatória — disse ao G1 Braz Sant’anna, advogado de Jairinho
Esse trecho do vídeo, que consta do processo, foi discutido na primeira audiência de instrução do Tribunal do Júri, no dia 6 de outubro. O delegado Henrique Damasceno reforçou que o menino já estava morto no momento da gravação. Ele também destacou que a tentativa de socorro ao menino não foi adequada.
— Ficou expressamente demonstrado pela equipe médica e pelos laudos periciais que, embora e tenha sido submetido a manobras de ressuscitação por bastante tempo, em nenhum momento ele apresentou frequência cardíaca. Ele já chegou morto... Você soprar a boca de uma criança no colo, desfalecida, não é o procedimento certo em um caso como esse — afirmou o delegado.
A investigação aponta que Henry Borel morreu devido a ação violenta. A necropsia indicou 23 lesões no corpo da criança, incluindo uma laceração no fígado.