Foi encontrado na tarde desse sábado (28) o corpo do montador de móveis Rafael Theis Freitas, 38 anos. Ele estava desaparecido desde a noite da última segunda-feira (23), quando foi até uma clínica no bairro Boa Vista, na Capital, onde passou por uma sessão de fisioterapia. Voltaria para casa logo depois, o que não ocorreu.
O corpo foi encontrado boiando perto de uma marina na Ilha da Pintada, em Porto Alegre.
Segundo familiares, a causa da morte foi afogamento. Como o corpo não tinha marcas de violência, o mais provável é que Rafael tenha tirado a própria vida, mas o caso segue em investigação pela Polícia Civil. Familiares não notaram comportamento diferente nem traços de depressão.
— Não tinha indícios. Todos os domingos nos reuníamos na casa da minha mãe, os seis irmãos. Ele sempre feliz, ele era muito engraçado, sempre bem humorado. Queríamos ter notado algo para tentar ajudá-lo — diz Stifany Theis Freitas, uma das irmãs de Rafael.
Conforme a família, a secretária que atende na clínica, onde o paciente tratava uma lesão na coluna, afirmou que ele estava sozinho na segunda-feira e aparentava normalidade. Mais tarde, o veículo de Rafael passou por uma câmera de segurança na BR-290, a caminho de Eldorado do Sul.
Na tarde da terça-feira (24), o carro, um Clio vermelho, foi encontrado estacionado em um refúgio na mesma rodovia. O veículo estava abandonado, trancado, sem sinais de arrombamento, na altura do km 104 – somente o celular desapareceu. A carteira de Rafael, com cartão e documentos, por exemplo, estava dentro do veículo.
"Calmo, sorridente e apaixonado pela família"
Antes de sair de casa na noite da última segunda-feira, Rafael tirou uma foto sorrindo, abraçado às duas filhas – uma menina de nove anos e uma bebê de cinco meses. Segundo familiares, ele não possuía histórico de depressão e nem dava qualquer sinal de que pudesse resolver desaparecer de forma voluntária.
— É inacreditável, estamos todos chocados. Ele era uma pessoa calma, sorridente, apaixonado pela família — afirma Aline Theis, 29 anos, cunhada de Rafael.
O montador de móveis era casado há 12 anos e tinha três filhos — além das duas meninas, um menino de 15 anos de um casamento anterior. Além de atuar como montador de móveis, ele chegou a trabalhar como motorista de aplicativo por um curto período.
O corpo de Rafael será sepultado na manhã do domingo (29), no Cemitério Memorial da Colina, em Cachoeirinha.