Por volta das 7h desta segunda-feira (21) houve mais um ataque a veículo com pedras em Porto Alegre. Depois da morte da passageira Munike Krischke, no dia 12 deste mês, na entrada da cidade pela freeway com a Avenida Castelo Branco — quando outros dois motoristas também registraram ataques — agora o alvo foi um taxista e em via urbana. O condutor trafegava por baixo do viaduto entre as Avenidas Loureiro da Silva e João Pessoa quando teve o para-brisa quebrado. O local fica exatamente entre os bairros Cidade Baixa e Centro Histórico.
O taxista José Amorim, 40 anos, morador do bairro Petrópolis, relata que estava sozinho no carro e indo em direção à ponte de pedra para pegar um passageiro quando ouviu um estrondo e logo depois o para-brisa sendo quebrado por uma pedra.
— O que posso dizer, foi uma infelicidade, não sei o que houve, mas foi um susto muito grande, a sorte que eu estava sozinho — destaca Amorim.
Depois do incidente, o taxista controlou o carro, não parou e seguiu pelo trajeto, justamente por temer que pudesse ser uma tentativa de assalto. Contudo, ele não pode afirmar o que ocorreu, já que não viu movimentação suspeita e, tão pouco, alguém atirando a pedra em direção ao veículo. Ele não descarta que possa ter ocorrido um ato de vandalismo.
Amorim não se feriu e diz que ainda não registrou ocorrência. Primeiro, ele comunicou o fato ao proprietário do táxi de prefixo 2265 e depois foi providenciar a troca do vidro. A área de investigação pertence à 1ª Delegacia de Polícia. Até às 12h, ainda não havia sido feito boletim de ocorrência.
Morte na freeway
Sobre o caso de Munike Krischke, 45 anos, a 2ª Delegacia de Homicídios da Capital investiga o caso, que pode ser tanto vandalismo, quanto tentativa de assalto. Ainda não há suspeitos. Na última sexta-feira, cem policiais, em uma operação integrada, fiscalizaram a freeway na entrada da cidade. Mais de cem veículos e 30 pessoas foram abordadas nas proximidades de viadutos, pontes, passarelas e rótulas. Um foragido foi preso. A ação irá ocorrer durante as próximas semanas em dias e locais alternados. O objetivo é coibir ataques com pedras, mas também outros tipos de delitos.
Somente neste ano, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) recebeu 45 chamados sobre carros atingidos por pedras em vias federais da Região Metropolitana. O trecho da BR-290, entre Gravataí e Eldorado do Sul, teve 50% de casos em que os policiais foram acionados. Os locais com mais ocorrências foram justamente a entrada de Porto Alegre pela Avenida Castelo Branco, onde Munike foi atingida, além da saída para a freeway pela Avenida Assis Brasil e em uma rótula no km 68 em Gravataí, além do início da ponte sobre o Rio Jacuí, para quem se desloca da Capital para Eldorado do Sul.