Após terminar sem definição, a reunião envolvendo o Carrefour e as autoridades para discutir as reparações por conta do episódio que resultou na morte de João Alberto Freitas, não há previsão de quando as partes voltarão a discutir o processo. O motivo que levou a paralisação das negociações não foi divulgado.
Conforme o Ministério Público Estadual (MP-RS), responsável pela mediação dos encontros, há um acordo de confidencialidade que não permite a divulgação do andamento do processo. O órgão confirmou que as conversas continuarão, mas sem previsão de data para um novo encontro.
Segundo a Defensoria Pública, que também não divulgou detalhes, não houve consenso entre as partes.
Por meio de nota divulgada nesta quinta-feira (10), o Grupo Carrefour afirmou que vem realizando, desde o ano passado, diversas reuniões para debater o acordo e lamentou não ter sido possível chegar a um consenso na última quarta-feira (9). A empresa reforçou que “segue à disposição das autoridades e entidades para dialogar, mantendo-se engajada na luta antirracista, com o objetivo de continuar implementando ações de combate ao racismo e promoção da equidade no Brasil.”
O Carrefour buscava um acordo extrajudicial com assinatura de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), o que impediria qualquer ação judicial por responsabilização contra o hipermercado. Para isso, a empresa propôs pagar mais de R$ 100 milhões, que seriam convertidos em investimentos em ações afirmativas contra o racismo e reparações.