A Polícia Civil, em pouco mais de 24 horas, entre as madrugadas de quarta-feira (12) e desta quinta-feira (13), fez duas ações para conter o poder econômico de uma facção que tem base no Vale do Sinos e que age em todo o Rio Grande do Sul. Sem contar o fato de ter evitado a distribuição de cerca de 1,2 tonelada de maconha em todo o Estado, a organização criminosa teve um prejuízo superior a R$ 5 milhões.
Na ação ocorrida pela madrugada, agentes da 2ª Delegacia de Gravataí, durante cumprimento de mandados de busca na cidade e em Cachoeirinha, localizaram dois depósitos de entorpecentes com mais de 170 quilos de maconha e pouco mais de 10 quilos de crack e cocaína. Dois homens foram presos.
O delegado Guilherme Calderipe, responsável pela investigação, diz que já sabe quem é o suspeito de ser o principal receptador da droga. Segundo ele, o objetivo era abastecer dezenas de telentregas.
— Já sabemos de onde vem e pra onde iria essa droga, mas não podemos revelar detalhes porque a investigação continua. Mas é certo que abasteceria grande parte das telentregas da Região Metropolitana e todas, digo, todas mesmos de Gravataí — ressalta Calderipe.
O delegado confirma que os entorpecentes pertencem à mesma facção que teve outro prejuízo na quarta-feira, quando o Departamento de Investigações do Narcotráfico (Denarc) fez a maior apreensão do ano de toda a instituição. A maconha, um total de uma tonelada, pertencia à mesma organização e a distribuição seria em todo o Estado, principalmente na Região Metropolitana.
A carga, avaliada em R$ 3 milhões, estava escondida em um sítio no município de Taquara, no Vale do Paranhana. Foram presas três pessoas: duas mulheres e um homem que tem naturalidade paraguaia. A investigação continua.