A principal aposta da Polícia Civil para esclarecer a morte de um homem no bairro Santana, em Porto Alegre, é obter imagens de câmeras de segurança. Rodrigo Pereira da Silva, 34 anos, foi assassinado na Rua Domingos Crescêncio, no cruzamento com a Avenida João Pessoa, por volta das 3h.
Segundo a delegada Roberta Bertoldo, da 2ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), testemunhas relataram que a vítima teria sido perseguida na rua. O homem foi atingido por pelo menos dois disparos de arma de fogo.
— Testemunhas referiram que ele vinha correndo, com alguém atirando nele — explicou.
A informação que a polícia recebeu é de que o autor dos disparos teria saído de dentro do Condomínio Princesa Isabel, nas proximidades de onde aconteceu o crime. A polícia está verificando essa informação e, por isso, busca imagens de câmeras de segurança do entorno de onde aconteceu a morte. Silva ainda foi socorrido com vida, mas morreu no Hospital de Pronto Socorro.
— Quando os policiais militares chegaram ao local, ele ainda estava vivo. Chegou a relatar, segundo os policiais, que tentou cometer um roubo e acabou alvejado. Ele também falou que foi alguém deste condomínio e que teria sido mais de uma pessoa. Estamos buscando imagens para verificar isso — disse a delegada.
Não foi localizada nenhuma arma com Silva. A polícia ouviu na manhã de hoje uma familiar de Silva, que ele era usuário de drogas e estaria residindo sozinho em uma casa no bairro Partenon. Ela relatou ainda que a família tinha pouco contato com Silva e que não sabia nada sobre o crime em si.
Conforme a Polícia Civil, o homem havia deixado o Presídio Central em 11 de novembro de 2020. Não foi divulgado por qual crime ele teria sido preso anteriormente. Ainda de acordo com a polícia, a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) informou que ele havia deixado o regime fechado, mas deveria ter se apresentado para instalação de tornozeleira eletrônica, o que não aconteceu.
A Susepe confirmou que o preso foi liberado para ser monitorado com uso de tornozeleira, e deveria ter se apresentado no dia 16 de novembro. Como não compareceu, o fato foi comunicado à Justiça. Em 25 de novembro, foi expedido mandado de prisão e ele passou a ser considerado foragido.
Quem tiver informações que possam auxiliar na investigação, inclusive de forma anônima, pode entrar em contato com a Polícia Civil pelo telefone 0800 642 0121 ou pelo Disque Denúncia, no 181.