A Polícia Civil identificou um dos suspeitos envolvidos em tiros desferidos no dia 16 deste mês em frente à emergência do Hospital Cristo Redentor, na zona norte de Porto Alegre. Os criminosos atiraram contra o carro de familiares de três homens que buscavam atendimento após terem sido baleados no bairro Sarandi por questões ligadas ao tráfico.
Uma mulher que acompanhava o trio ficou ferida devido a um tiro de raspão em um dos braços.
Enquanto segue a investigação policial com análise de novas imagens de câmeras de segurança, a Brigada Militar (BM) mantém o reforço no prédio porque os alvos dos atiradores seguem em atendimento. O objetivo é garantir a segurança de todas as pessoas que estão no local.
O delegado Luís Firmino, titular da 3ª Delegacia de Homicídios da Capital, diz que já ouviu cerca de 10 testemunhas. Assim como as pessoas que prestaram depoimento, as imagens obtidas até agora não são suficientes para precisar o número exato de suspeitos. Por isso, outras técnicas de investigação estão sendo empregadas.
— No momento, estamos seguindo passo a passo, além de trabalhar em cima deste nome que conseguimos, estamos vendo outros possíveis suspeitos do fato inicial e do desfecho, no hospital. Também estamos vendo a quantidade exata de veículos utilizados — explica Firmino, que ainda aguarda outros resultados periciais.
O fato começou devido a uma disputa por território entre traficantes, no condomínio Irmãos Maristas, na Vila São Borja, bairro Sarandi. Na ocasião, as três vítimas foram baleadas pelos atiradores e, ao buscaram atendimento médico, foram perseguidas de carro até o Hospital Cristo Redentor, onde houve mais disparos.
O pano de fundo de toda a história foi a presença de um traficante da Vila Nazaré, também na zona norte, no condomínio para visitar parentes. As duas localidades são ocupadas por grupos rivais.
O comandante do 11º Batalhão da BM, tenente-coronel André Feliú, ressalta que segue por tempo indeterminado o reforço de policiais no hospital, pelo menos até os três baleados receberem alta.
— Nós continuamos mantendo o policiamento para salvaguardar a integridade de todos que transitarem pelo hospital — diz Feliú.
Ele não divulga números do efetivo, mas destaca que há agentes dentro e fora da instituição, além de a segurança ter sido reforçada pelo Grupo Hospitalar Conceição, que administra o Cristo Redentor.