A chamada Operação Infância Protegida da Polícia Civil já contabiliza oito prisões nesta quarta-feira (17), depois de dois dias de ações em Porto Alegre. Os crimes cometidos são armazenamento e compartilhamento pela internet de material pornográfico envolvendo crianças e adolescentes. Esta é a segunda ação semelhante em dois dias na Região Metropolitana, já que, na terça-feira, a Polícia Federal (PF) prendeu outros três suspeitos.
Os investigados pela Delegacia para Criança e o Adolescente Vítimas de Delito de Porto Alegre, da Polícia Civil, estão sendo detidos devido, principalmente, ao armazenamento de material com conteúdo envolvendo exploração sexual infantojuvenil. Na terça-feira, foram presos três criminosos e, nesta-quarta-feira, os outros cinco.
A delegada Sabrina Teixeira diz que não pode divulgar nomes dos investigados para evitar qualquer tipo de exposição das vítimas, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente. Apesar de que, em um primeiro momento, possa não haver ligação, ela destaca que é preciso apurar se algum dos presos tem algum envolvimento com as crianças ou adolescentes que aparecem em fotos e vídeos. Também por isso que os locais das prisões não estão sendo repassados até o momento.
— Para comprovarmos qualquer tipo de ligação e também para que a gente tenha as provas suficientes que dão sustento às prisões, contamos com a participação de técnicos do IGP (Instituto-geral de Perícias) — ressalta Sabrina.
Durante a ação da Polícia Civil, foram apreendidos computadores, celulares, notebooks, pen drives, CDs e demais equipamentos eletrônicos. Na operação da PF, realizada terça-feira na Região Metropolitana, também contra pornografia infantil pela internet, três suspeitos foram presos na Capital, Viamão e Canoas. Além disso, possíveis vítimas de abuso sexual foram resgatadas pelos agentes.