Um inquérito foi instaurado nesta quarta-feira (20) pela Delegacia de Homicídios de Passo Fundo, norte do Estado, para investigar a morte de três pessoas da mesma família ocorrida na noite de terça-feira (19) dentro de uma residência na Rua Ernesto Feron, bairro Edmundo Trein. A delegada Daniela Minetto, responsável pelo caso, não descarta qualquer hipótese, apesar de nada ter sido levado da residência e também pelo fato de que apenas uma das vítimas tinha antecedente criminal apenas por ameaça.
As três pessoas foram identificadas como Kétlyn Padia dos Santos, 15 anos, o pai dela, Alessandro dos Santos, 34, e a tia, Diênifer Padia, 26. Eles foram amarrados e mortos por asfixia. Três crianças, sendo a mais velha um menino de seis anos — que é filho de Diênifer —, foram colocados em um quarto escuro da casa durante o crime.
A mãe da jovem morta estava em uma casa conjugada, nos fundos do pátio, quando dois homens entraram no local e executaram as vítimas. Ela não presenciou os fatos porque estava dormindo, já que trabalha durante o dia como técnica em enfermagem. O menino de seis anos saiu da casa e acionou uma vizinha, avisando que sua família tinha sido amarrada por dois homens. A mulher acionou a Brigada Militar.
Ao chegar no local, a guarnição já encontrou as três pessoas sem vida. Apenas Diênifer tinha passagem pela polícia. A delegada diz que ainda é cedo para confirmar alguma hipótese. Estão sendo procuradas imagens de câmeras de segurança para tentar identificar os dois suspeitos que teriam fugido do local em um Corsa Classic vermelho.
As questões, ainda em aberto para a polícia, são o fato de que nada foi levado da residência, a família não tem grandes posses e Alexandre estava desempregado. Havia marcas de violência nos corpos e os três não tinham desentendimentos aparentes com outras pessoas. Também não havia sinais de arrombamento da casa, o que leva a entender que os dois investigados teriam acessado o local porque conheciam alguma das vítimas. Por isso, a linha de investigação sobre homicídio pode ganhar força, mas por enquanto sem motivo aparente. No entanto, ainda se apura se a relação seria pessoal ou comercial.
Um vizinho teria afirmado aos agentes que dois homens foram até a residência na tarde de terça-feira procurando um móvel que estaria à venda e que ficaram de retornar no início da noite. Essa informação ainda está sendo verificada pela delegada. Segundo Daniela, todos os fatos estão sendo apurados e nenhuma afirmação pode ser feita até o momento.