Cerca de 80 adolescentes infratores que estão em unidades da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase) têm sido exemplo de solidariedade. Durante a pandemia do coronavírus, os internos produzem, junto a 30 funcionários da instituição, aproximadamente mil máscaras semanalmente. O projeto, que inclui locais de internação e de semiliberdade, deve ser estendido a todas as unidades da Fase.
Os equipamentos de proteção fabricados pelos internos estão sendo doados a instituições. Na última quarta-feira (8), a Fundação de Proteção Especial do Rio Grande do Sul, que atende crianças e adolescentes em situação de risco, recebeu 100 máscaras, que serão utilizadas por servidores que trabalham com os acolhidos. A mesma quantidade foi destinada ao Departamento de Direitos Humanos e Cidadania, vinculado à Secretaria Estadual de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, que repassará a populações vulneráveis.
Na quarta-feira, o secretário de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Catarina Paladini, e o presidente da Fase, Farelo Almeida, acompanharam as oficinas em duas unidades da Capital. Durante a visita, Paladini reforçou o caráter solidário e educativo da iniciativa:
— Solidário porque estamos, mesmo que de forma singela, fabricando uma coisa necessária e escassa no combate à pandemia. E educativo porque está mexendo com os jovens envolvidos, que sentem-se realmente inseridos ao atuar em benefício da sociedade.
Todas as unidades da Fase têm desempenhado atividades de prevenção da covid-19 e de apoio às famílias dos socioeducandos. Os locais em que não estão sendo produzidas máscaras têm organizado entrega de cestas básicas e de kits de higiene.
— Não se trata apenas de números, de quantas máscaras, mas do que isso representa para a socioeducação, para a ressocialização desses jovens, que em um momento tão difícil para todos, estão dando a sua parcela de contribuição — afirmou o presidente da Fase.