A Polícia Civil divulgou nesta terça-feira (31) mais detalhes sobre o caso do assassinato de um adolescente de 16 anos ocorrido na quarta-feira da semana passada, no bairro Cavalhada, zona sul de Porto Alegre.
Em nova investida no local do fato, os agentes encontraram, na segunda-feira (30), drogas e o machado que teria sido usado no homicídio.
A investigação também apurou que um dos adolescentes apreendidos, o mais novo, tem histórico de desvio de conduta. Segundo o delegado Raul Vier, titular da 2ª Delegacia do Adolescente Infrator (DPAI), o jovem, de 15 anos, já ameaçou os próprios familiares, dizendo que usaria um facão se fosse contrariado. Apreendido na sexta-feira, ele confessou envolvimento na morte.
O outro adolescente, de 16 anos, que foi apreendido no dia em que o corpo da vítima foi encontrado, também confirmou participação no crime.
Vier diz que a motivação não está muito clara ainda, por isso solicitou ao Instituto-Geral de Perícias (IGP) uma análise das mensagens trocadas entre os amigos. Para a polícia, pode haver outro motivo por trás do homicídio. O delegado destaca que os dois apreendidos relataram atos cruéis e de extrema violência.
O crime
Conforme os adolescentes, eles planejaram o assassinato por pelo menos três meses porque a vítima teria se envolvido com a namorada de um deles.
Os três eram amigos e combinaram o encontro em um matagal próximo à Avenida Juca Batista. Segundo os dois apreendidos, a desculpa era que usariam LSD. Na verdade, era uma emboscada. O adolescente foi morto com golpes de machado, facão e martelo.
Os dois apreendidos são estudantes. A vítima também estudava e não tinha passagem pela polícia. Nenhum deles morava nas proximidades do local do assassinato. Conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), os nomes dos três não podem ser divulgados.