Um terceiro depoimento das suspeitas de participação no assassinato da família carbonizada em São Paulo revelou que, de fato, estão envolvidas no crime. Na quarta-feira (5), após duas versões sobre o caso, Ana Flávia e Carina confessaram envolvimento, mas sem planejamento das mortes. Desde o início das investigações elas vinham negando participação no crime. As informações são do portal G1.
Na madrugada do dia 28 de janeiro, os corpos dos empresários Flaviana e Romuyuki Gonçalves e o filho adolescente deles, Juan Victor, foram encontrados carbonizados em um carro em chamas na região do ABC, em São Paulo, em uma área rural de São Bernardo do Campo.
A Polícia Civil tenta identificar e prender o sexto suspeito de participar do assassinato da família. De acordo com os policiais, ele seria o homem que teria resgatado o grupo de carro na estrada de terra onde o veículo da família foi encontrado queimado. O nome e a foto dele não foram divulgados.
No depoimento de segunda-feira (4), um dos envolvidos no crime contou à polícia como a ação foi planejada. Juliano Ramos Júnior, primo de Carina, confessou que dois dias antes dos assassinatos, ele, os dois comparsas, Carina e Ana Flávia fizeram uma reunião para combinar o roubo à casa da família, em razão de acharem que lá havia cerca de R$ 85 mil guardados.
Juliano explicou que, no dia do crime, os três homens entraram no condomínio no carro de Ana Flávia e, já dentro da casa, simularam um assalto. Ele contou ainda que Romuyuki e o filho Juan Vitor foram torturados no andar de cima do imóvel para que passassem a senha do cofre, mas eles não sabiam a combinação.
De acordo com a investigação, os dois foram torturados e mortos, possivelmente em decorrência de pauladas. A polícia ainda não sabe se Flaviana foi obrigada a dirigir o carro da família até a estrada com o marido e o filho no porta-malas, antes de ser morta na via, ou se foi morta junto com Romuyuki e Juan Victor, ainda na casa.
Ana Flávia e a namorada dela, Carina, estão detidas, assim como outros três homens apontados como participantes nos assassinatos. Ainda falta esclarecer a motivação dos assassinatos.