Começaram a ser ouvidas no final da tarde desta segunda-feira (20) as testemunhas do assassinato de Ronei Wilson Jurkfitz Faleiro Júnior, 17 anos, na saída de uma festa em agosto de 2015, em Charqueadas. O primeiro dia de julgamento começou pela manhã e deverá avançar até a noite.
A primeira testemunha é o delegado de Polícia Rodrigo Reis, que conduziu as investigações sobre a morte de Ronei Faleiro Júnior, 17 anos, na saída de uma festa. Após as testemunhas, ainda hoje serão ouvidos os réus.
— Foram atacados brutalmente por um bando que já praticava delitos na cidade — resumiu o delegado.
Mais cedo, foram ouvidas as três vítimas, Ronei Wilson Faleiro, pai do adolescente, e o casal de amigos Richard Wienke e Francielle Wienke.
O pai lembrou que filho nunca deu trabalho, que queria fazer uma faculdade. Pelo número de pessoas envolvidas na agressão, ele afirmou que se tratou de um ataque, não de uma briga. E contou o que ouviu do filho em seus últimos momentos de vida.
— Pai, jura pra mim que tu tá bem? Esta foi a última frase que eu ouvi — relatou
Francielle disse que Ronei era estudioso, um dos mais inteligentes da turma. Durante este depoimento, a mãe de Ronei, Tatiana Faleiro, deixou a sala chorando.
Já Richard lembrou que foi avisado pelo segurança do clube de que havia um grupo querendo agredi-lo, e que Ronei ofereceu carona para ajudá-lo a escapar.
A previsão é de que o júri dure até três dias, durante os quais deverão ser ouvidas vítimas, acusados e 22 testemunhas. São nove réus no mesmo processo. Os demais júris têm datas previstas em 13 e 27 de abril.