Na tentativa de coibir a entrada no Brasil dos integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) que fugiram de um presídio no Paraguai, o Exército está fazendo operação toda a região de fronteira do Rio Grande do Sul. Somente na área de abrangência da terceira divisão do exército, são 850 militares, que desde a última terça-feira (21) atuam nas rodovias que ligam o interior do Estado à Argentina e ao Uruguai.
O trabalho é de abordagem de veículos suspeitos que cruzem pelas estradas. As rodovias fiscalizadas não foram divulgadas pelo Comando Militar do Sul. Segundo o Exército, são ações semelhantes às da Operação Fronteira, mas desta vez com um objetivo maior. Não há previsão de encerramento.
Na madrugada do último domingo (19), cerca de 75 detentos fugiram da penitenciária de Pedro Juan Caballero, no Paraguai. A maioria deles integra o PCC, quadrilha brasileira que tem forte atuação no tráfico de drogas no Paraguai.
Segundo as investigações da polícia local, muitos deles passaram por um buraco, que cruzava o presídio até fora dos muros. Além disso, alguns teriam conseguido sair pela porta da frente da casa prisional. Com isso, a suspeita é de corrupção, por parte dos agentes penitenciários. Trinta funcionários e o diretor da Penitenciária foram detidos.