Uma mulher foi encontrada morta nesta quinta-feira (2) em um terreno baldio na Avenida Eduardo Prado, esquina com a Rua Atílio Superti, bairro Vila Nova, zona sul de Porto Alegre. A Brigada Militar foi acionada pelo companheiro da vítima, identificada como Vera Sirlei Kersch Paz, 53 anos, por volta das 18h40min.
Segundo a Polícia Civil, o corpo apresentava sinais de violência sexual e ferimento na cabeça feito por um objeto cortante ou perfurante, possivelmente uma faca. Também havia sinais de asfixia. A mulher foi encontrada seminua e com as mãos amarradas, além de ter arame e panos no entorno do pescoço.
Aos policiais, o homem disse que a esposa saiu de casa para trabalhar às 6h30min da quarta-feira (1º). Desde então, não foi mais vista. Ele ainda relatou que iniciou as buscas por conta própria, com a ajuda de um vizinho, na região próximo ao local onde Vera morava.
Vera atuava como doméstica e teria ido até uma parada de ônibus para se deslocar até a casa da patroa, que estava viajando, para alimentar animais. A polícia acredita que ela foi atacada no momento que aguardava o coletivo, em um local que os moradores da região indicam como sendo um ponto onde vários pedestres são assaltados.
A vítima teve pertences roubados. Além disso, o corpo foi encontrado — dentro do terreno — próximo da parada. O local tem um matagal e muito lixo, inclusive colchões que podem ter sido usados pelo criminoso durante o ataque.
O companheiro da vítima informou que eles estavam juntos havia cerca de 10 anos e que moravam em residências separadas. Eles tinham filhos apenas de outros relacionamentos e não tinham, em princípio, histórico de brigas ou de agressões.
A investigação preliminar, do Departamento de Homicídios da Capital, solicitou perícias e buscou imagens de câmeras de segurança. O crime está sendo investigado agora pela Delegacia da Mulher.
Não se descarta a participação de mais um criminoso e todas as hipóteses estão sendo apuradas. Mas a delegada Tatiana Bastos diz que o crime é apurado como feminicídio.
— Estamos aguardando resultados periciais e analisando imagens, além disso faremos novos levantamentos no local do crime ainda hoje (sexta-feira). Tudo indica que ela foi atacada porque o suspeito ou suspeitos pretendiam cometer o abuso sexual e, por algum motivo, ela acabou sendo morta — explica Tatiana.