A segunda-feira (16) começa com protestos na Região Central do Estado contra o pacote do governador Eduardo Leite que altera carreiras do funcionalismo. O objetivo do Piratini é votar sete das oito matérias entre terça (17) e quinta-feira (19) na Assembleia Legislativa.
Na cidade de Santiago, um grupo de cerca de 20 mulheres, esposas de policiais da reserva, bloqueia a entrada da sede da Brigada Militar desde as 5h. Porém, os três veículos com policiais que estavam na rua não retornaram e continuam com o patrulhamento.
O número representa a totalidade do efetivo habitualmente empregado por dia na cidade. Conforme o comandante do 5º Regimento de Polícia Montada (5ºRPMon), major Noé Jesus da Costa, a orientação é para que os policiais não retornem ao quartel.
— As viaturas estão na rua. Existe realmente a manifestação, mas, como tínhamos uma manobra com as viaturas na rua já, elas não foram recolhidas ao quartel e seguem normalmente a atividade de policiamento. Tivemos conversas com o pessoal do movimento. Eles estão lá e não há nenhuma objeção para que eles permaneçam. É possível que, se a viatura adentrar ao quartel, haja problema na saída. Mas já orientamos que não retornem para que não tenha esse problema — explica Noé.
Já em Santa Maria, o protesto é realizado em frente ao portão de acesso ao 1º Regimento de Polícia Montada, na Rua Pinto Bandeira. Segundo o comandante do 1º RPMon, tenente-coronel Erivelto Hernandes, houve um acordo com representantes da Associação Beneficente Antônio Mendes Filhos (Abamf), que representa os servidores de nível médio da BM, para que fosse mantido o mínimo de 30% de policiais previstos para o policiamento na rua.
— Quando houve o fechamento do acesso e saída das viaturas, nós fizemos contato com a associação que está liderando o movimento. Embora o movimento seja ordeiro, não poderíamos deixar de assistir a comunidade com a presença do policiamento. Apenas uma viatura estava na rua e, de forma dialogada e com responsabilidade, conseguimos liberar mais duas viaturas para os bairros Tancredo Neves e Camobi, com o mínimo necessário. É uma situação complexa, porque tem ali policiais militares da reserva, familiares de policiais, então temos que ter um cuidado muito grande. Mas é importante esse entendimento de que não podemos ficar sem viaturas operacionalizando no policiamento — afirma Hernandes.
Segundo o diretor regional da Abamf, João Corrêa, a expectativa é manter a mobilização até a retirada dos projetos do governo da pauta da Assembleia.