A identificação do corpo encontrado em Cidreira que pode ser do engenheiro civil Alexandre de Oliveira Brito, 58 anos, desaparecido há duas semanas, pode demorar de 15 a 45 dias. Esse foi o prazo repassado pelo Departamento de Perícias do Interior (DPI) do Instituto Geral de Perícias (IGP) ao delegado Antonio Carlos Ractz Junior, de Imbé, que investiga o desaparecimento de Brito.
Como não houve possibilidade de reconhecimento, pois o corpo estava carbonizado, o material genético foi coletado e enviado neste sábado (23) ao IGP, em Porto Alegre, para a análise. Além disso, o delegado encaminhou três irmãos do engenheiro para coleta de DNA na próxima quarta-feira (27) com o intuito de confirmar a identificação da vítima.
O corpo foi encontrado às margens da Interpraias, em Cidreira, no mesmo dia em que o engenheiro foi visto pela última vez na cidade onde morava, no Litoral Norte.
Vídeos de câmeras de segurança mostram que Brito saiu de Imbé em seu carro, uma Outlander, que foi visto na manhã seguinte no município de Araranguá, em Santa Catarina, distante cerca de 150 quilômetros da cidade no litoral norte gaúcho.
Para ampliar a investigação, a polícia pediu na quinta-feira (21), com sinalização de urgência, a quebra de sigilo bancário e telefônico do engenheiro, mas a autorização ainda não foi concedida pela Justiça.
— A polícia é cobrada (sobre o caso), mas nem todo mundo tem a mesma pressa que a polícia — lamenta o delegado.
Desaparecido desde o dia 9 de novembro, Brito levava uma vida tranquila em Imbé, conforme o relato de familiares. Solteiro e sem filhos, fez carreira na Capital e, ao se aposentar, há três anos, mudou-se para o Litoral.
Informações sobre o caso podem ser repassadas, de forma anônima, por meio do Disque-Denúncia, pelo número 181.