Em protesto contra o pacote de reformas do serviço público do governador Eduardo Leite, policiais civis do Rio Grande do Sul paralisaram as atividades em delegacias nesta quarta-feira (13). Eles reclamam das mudanças propostas na carreira dos servidores públicos. Em Porto Alegre, os agentes se reuniram em frente ao Palácio da Polícia, na avenida Ipiranga.
Conforme a Ugeirm Sindicato — entidade que representa escrivães, inspetores e investigadores da Polícia Civil — o plano é que um terço dos servidores trabalhem nas delegacias, realizando serviços urgentes como atendimento de ocorrências graves (homicídios, Lei Maria da Penha, estupros e envolvendo crianças ou idosos, por exemplo). A previsão é de que a greve continue nesta quinta-feira (14).
Ainda de acordo com o sindicato, todas as delegacias do interior aderiram à paralisação. A reportagem de GaúchaZH consultou cerca de 30 delegacias e todas informaram que estão em greve. Entretanto, segundo o sub chefe da Polícia Civil, delegado Fabio Motta Lopes não há informação sobre incidentes que possam causar prejuízo ao atendimento da população.
Na manhã desta quarta-feira, agentes do Presídio Feminino de Guaíba também fizeram uma manifestação contra o pacote do governo do Estado. Eles impediram a entrada de alimentos a presos e medida causou tumulto.