Pelotas e Caxias do Sul devem receber ainda neste mês as duas sedes dos novos Batalhões de Choque da Brigada Militar. Considerado um efetivo especializado, os dois grupos com 110 policiais militares cada estão em atuação nas cidades desde agosto, mas ainda em locais provisórios.
Em Pelotas, a inauguração está prevista para 17 de outubro. A sede será no local usado pelo Comando Ambiental da Brigada Militar. Já na Serra, a BM está recuperando um prédio cedido pela prefeitura de Caxias do Sul. Ainda não há data para inauguração.
Os batalhões foram anunciados pelo governo do Estado em julho deste ano, quando o Programa RS Seguro completou 120 dias. Participam das tropas parte do grupo de 2 mil policiais militares formados em agosto, além de agentes mais experientes, que já estavam na corporação.
Conforme o subcomandante-geral da Brigada Militar, coronel Carlos Alberto Prado de Andrade, a vantagem do Batalhão de Choque com relação ao padrão é a possibilidade de mobilidade. É um efetivo reserva que pode ser deslocado para qualquer cidade conforme a demanda.
— É uma unidade especializada, com capacidade maior de fazer um confronto mais qualificado, com maior capacidade de força, efetivo e armamento. Além disso, há a mobilidade. Por isso, todos são dotados de viaturas novas, pick-up.
Em setembro do ano passado, por exemplo, Bento Gonçalves recebeu o então chamado Batalhão de Operações Especiais de Porto Alegre após uma onda de homicídios. A própria Capital recebeu agentes do BOE de Santa Maria e Passo Fundo em momentos críticos na segurança pública.
Para possibilitar a atuação desses agentes especializados, a BM entregou viaturas e armas para os batalhões do interior em setembro. Também foi publicada, neste mês, no Diário Oficial do Estado a compra de quase R$ 1 milhão em munição não-letal para serem usadas pelos efetivos.
— Dentro do protocolo das unidades de choque, nós temos o uso progressivo da força. Entre eles passa o processo da preleção, demonstração e força e do uso de armas não letais. Quando não temos mais alternativas, aí sim passamos para o confronto com a arma de fogo. Esse é o espírito, dotar essas unidades de uma alternativa para atendimento de ocorrências
Além das duas cidades, Santa Maria, Passo Fundo e Porto Alegre já contam com Batalhões de Choque, antes chamados de Batalhão de Operações Especiais.