As Varas de Execuções Criminais (VECs) de Novo Hamburgo e de Canoas autorizaram nesta terça-feira (16) a volta ao sistema prisional gaúcho de três líderes de facções criminosas que estão em presídios federais. Anderson Bueno Martins, o Fofo, de 43 anos, Leonardo Ramos de Souza, o Peixe, de 37, e Juliano Biron da Silva, o Biron, de 36, poderão retornar ao Estado. O Ministério Público vai recorrer das decisões. São criminosos que acumulam condenações por tráfico, homicídios, latrocínio e roubo.
No último dia 10, as duas VECs já haviam negado a permanência em presídios federais do RS de dois detentos: Wagner Nunes Rodrigues, o Minhoquinha, com 43 anos e dois meses de pena a cumprir, e de Risclei Bueno Martins, o Pelico, com 42 anos e quatro meses de pena.
Há dois anos, 27 criminosos de alta periculosidade foram levados a presídios federais em uma grande operação envolvendo vários órgãos públicos, incluindo Ministério Público, Brigada Militar, Polícia Civil, entre outros. Desses, 10 já retornaram e 17 seguem no sistema prisional federal fora do Rio Grande do Sul.
Penas
Anderson Bueno Martins, o Fofo, 42 anos
Foi condenado a 58 anos e 11 meses de prisão. Com penas a cumprir até 2056. São duas condenações por porte ilegal de arma, latrocínio, homicídio e roubo. Seria uma liderança de quadrilha especializada em ataques a carros-forte e caixas eletrônicos.
Juliano Biron da Silva, o Biron, 34 anos
Apontado pela polícia como um dos líderes e financiadores de facção criminosa, foi indiciado pela morte do fotógrafo José Gustavo Bertuol Gargioni, 23 anos, em Canoas. Responde ainda por tráfico de drogas.
Leonardo Ramos de Souza, o Peixe, 35 anos
Tem condenação por tráfico de drogas e é apontado pela polícia como líder no Morro da Embratel, em Porto Alegre. Estaria por trás de ataques a ônibus na Capital em 2015.