O escrivão de polícia Edler Gomes dos Santos, 54 anos, morto na manhã desta terça-feira (16), em operação para cumprimento de ordem judicial em Montenegro, no Vale do Caí, estava na Polícia Civil havia nove anos. Apesar de ter entrado na corporação com 45 anos, idade acima da média de ingresso, era considerado um policial experiente.
Edler era irmão do delegado da Polícia Civil Regis Gomes dos Santos. Lotado então em Vera Cruz, no Vale do Rio Pardo, Regis faleceu de um infarto quando aproveitava as férias com a família, no Litoral Norte, no dia 13 de janeiro de 2014.
O escrivão formou-se em 2010 da Academia de Policial Civil. Também por ter mais idade que a maioria dos colegas, destacou-se entre os alunos.
— Era um aluno dedicado, respeitador e muito responsável — lembra o comissário aposentado Renato Martins, que foi seu professor na Acadepol.
A vivência de Edler, principalmente no manejo de armas, de acordo com seus colegas, vinha do período em que foi militar do Exército, antes do ingresso na Polícia Civil. Atualmente, ele estava lotado na Delegacia de Repressão ao crime de Lavagem de Dinheiro (DRLD) do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc). Já havia atuado também em especializadas do Departamento Estadual de Invesatigações Criminais (Deic).
— Não trabalhamos muito tempo juntos, mas era um policial experiente e dedicado — descreve o delegado Adriano Nonnenmacher, titular da DRLD.
Recentemente, Edler participou da Operação Borgota, da DRLD, que, com buscas nas cidades de São Leopoldo, Novo Hamburgo, Campo Bom e Porto Alegre, resultou em quatro prisões, apreensão de aproximadamente R$ 30 mil em espécie e sequestro de R$ 4,5 milhões em bens, de integrantes de uma das facções criminosas com atuação no Estado.