O delegado Giniton Lages, chefe da Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro, que conduz as investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes, segue no caso. Foi o que garantiu o vice-governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC), em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade nesta quarta-feira (13). A informação havia sido divulgada no começo desta manhã pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.
— Não procede. Falei com secretário de Polícia Civil cedo e não há nenhum movimento nesse sentido. Ele continuará, a não ser que, por ventura, ele venha pedir (para sair). Ele não pediu, e de nossa parte não será trocado — afirmou Castro.
Segundo o vice, que foi colega de Marielle na Câmara de Vereadores do Rio — a quem se refere como pessoa carinhosa —, houve preocupação do atual governador Wilson Witzel (PSC) de não mudar a equipe de investigação que atua desde o ano passado. Além disso, Castro destacou que a ajuda da Polícia Federal, acionada ainda em 2018, também deve seguir.
— Qualquer ajuda é bem-vinda para que se possa solucionar esse crime. O governador tem falado que quer integração (entre os órgãos de segurança).
Castro também foi questionado sobre possíveis desdobramentos da Operação Lume, deflagrada na terça-feira (12) e que prendeu o policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz. Isso porque foram encontrados 117 fuzis M-16 na casa de um amigo de Lessa.
— Vamos precisar de uma colaboração enorme das forças federais para que não entre mais (armas) por terra, céu e mar. É um trabalho conjunto que tem sido feito. O Carnaval foi o menos violento dos últimos anos — ressalta o vice-governador do Rio.
Sobre como barrar o poder das milícias, Castro disse que é preciso inteligência.
— A política do confronto não é mais adequada. Precisa haver política de inteligência e investigação, e inteligência na investigação. Se não, não conseguimos fazer asfixia financeira (das milícias).