A Brigada Militar reforçou o policiamento no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, após o ataque que matou dois homens e uma mulher na madrugada deste sábado (26). Um pelotão do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque) se juntou ao efetivo do 9º Batalhão de Polícia Militar, que é responsável pela segurança na região.
Segundo o Comando de Policiamento da Capital (CPC), o reforço na noite deste sábado será avaliado e deverá permanecer nos próximos dias.
— (A permanência do pelotão) depende do tempo necessário. Vai ter uma avaliação - destaca o comandante do CPC, tenente-coronel André Córdova.
A principal hipótese investigada pela 2ª Delegacia de Homicídios é de que o crime tenha sido cometido por desavença entre grupos criminosos rivais. Um dos mortos, Róger Abreu de Oliveira, 24 anos, era foragido por um homicídio no bairro Santana, ocorrido em janeiro de 2018.
O outro homem que foi morto, Salmeron Bartz Costa, 28 anos, não era foragido, mas também possuía passagens pela polícia. A única das três vítimas que não possuía antecedentes criminais é Cassiane Alves Rocha, 21. A polícia tenta descobrir se ela também era alvo dos atiradores ou se foi morta por acaso.
Ataque só ocorreu porque viatura foi deslocada, diz comandante
Segundo o comandante de policiamento da Capital, havia uma viatura nas proximidades do local em que houve o ataque. No entanto, a guarnição precisou ser deslocada para atender um assalto em outro ponto do bairro Cidade Baixa. Córdova afirma que o atentado ocorreu no momento em que a viatura atendia a ocorrência de roubo.
— A viatura que fica ali próximo foi deslocada para atender uma ocorrência de roubo, também na Cidade Baixa. Ela se afastou daquele local porque foi deslocada para ocorrência. O crime só aconteceu porque a guarnição foi deslocada e se afastou.
Questionado, Córdova diz que o ataque não ocorreria "naquele local" caso a viatura permanecesse no local em que estava. O ponto exato em que o veículo estava estacionado não é divulgado pela Brigada Militar para não atrapalhar a atuação da BM.
O ataque ocorreu nas proximidades de um bar situado no trecho da Rua João Alfredo, entre as ruas Luiz Afonso e República.
O comandante do CPC sugere que os criminosos esperaram a ausência da polícia para agir, o que teria facilitado a fuga.
— (Não ocorreria) naquele local ali. Poderia acontecer em outro local — afirma Córdova.