Uma ação rápida do 1º Batalhão de Polícia Militar de Porto Alegre na madrugada deste sábado (12) frustrou o assalto à agência do Bradesco localizada na Avenida da Azenha, no bairro Azenha. Ao que indicam os dados sobre os assaltantes presos, se tratava de uma quadrilha especializada em assaltos a banco com ramificações em Santa Catarina, Ceará e Rio de Janeiro.
De acordo com o sargento Miguel Gonçalves, que respondia pelo 1º BPM no momento da ocorrência, a empresa de monitoramento do banco acionou a polícia ao flagrar a ação de três suspeitos no interior do banco por volta da 1h30min. Já a par da ocorrência, o Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), que monitora câmeras de segurança pela cidade, avisou os policiais de que os suspeitos haviam deixado o interior do banco e se deslocavam pela Rua Visconde do Herval.
Ali, os três foram surpreendidos e presos. Um deles carregava uma mochila com ferramentas. Os policiais militares seguiram circulando pela região em busca da "segundinha" — um carro pronto para levar os assaltantes no momento da fuga nesse tipo de ação. A metros dali, na Rua Vinte de Setembro, a polícia encontrou outros três homens junto a uma caminhonete L200. Um dos suspeitos ainda tentou correr no momento da abordagem, argumentando estar apenas pedindo carona na região.
A polícia acredita ter frustrado uma ação em dois tempos. Primeiramente uma equipe arrombaria o banco — violado pelo telhado — e localizaria o cofre. Em seguida, uma segunda equipe de soldadores entraria em ação para arrombá-lo. A PM teria agido entre as duas etapas. Foram apreendidos, além de diversas ferramentas que estavam na mochila e na caminhonete, quatro celulares e R$ 440. Os suspeitos não portavam armas. Três viaturas e cinco policiais militares participaram da ação.
Dos seis suspeitos presos, cinco são de Santa Catarina e dois eram foragidos. Um deles, Bruno Giovani Stenglen Neves, possuía dois mandados de prisão preventiva decretados no Ceará. O sexto suspeito, Adailton Miguel Batista, é cearense e havia sido preso em julho no Rio de Janeiro em operação contra uma quadrilha que recrutava ex-policiais para assaltos a banco pelo Brasil. Ele tinha três mandados de prisão expedidos. Os demais, todos catarinenses, são Rogerio Cardoso de Oliveira, Daniel de Araujo França, Maicon Douglas Correa e Vinicius Marcos Baia.
Os suspeitos foram encaminhados à 1ª Delegacia de Repressão a Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Conforme o delegado João Paulo de Abreu, eles foram autuados por furto qualificado mediante rompimento de obstáculo e concurso de pessoas e associação criminosa. Por motivos de segurança, a Polícia Civil decidiu não divulgar para qual unidade do sistema prisional a quadrilha foi encaminhada.