
Nos últimos três anos, a Polícia Civil priorizou ações para combater com efetividade o crime organizado. Não bastava apenas prender traficante ou integrante de facção criminosa, e sim atacar as finanças das quadrilhas investigadas. O investimento no serviço de inteligência e na apuração dos casos de lavagem de dinheiro levou a instituição a apreender e sequestrar judicialmente R$ 190,8 milhões das organizações criminosas no Estado entre janeiro e 19 de dezembro deste ano.
Além do avanço no combate ao tráfico de drogas, da elucidação de homicídios e dos crimes patrimoniais, o chefe de Polícia, delegado Emerson Wendt, diz que desarticular a estrutura financeira de facções foi uma das metas da sua gestão, entre fevereiro de 2016 e dezembro de 2018.
— E isso tem de ser continuado, passamos de um inquérito instaurado em 2015 contra organizações criminosas para mais de 100 em 2018, com mais de 300 pessoas indiciadas — ressalta Wendt.
Sobre números, em relação ao combate ao crime organizado e à lavagem de dinheiro, todos os índices aumentaram muito de 2015 até 2018, período do governo de José Ivo Sartori. Os inquéritos de lavagem de dinheiro, por exemplo, aumentaram em 60% em relação ao ano passado, tendo 177 pessoas indiciadas em 2018. Sobre o crime organizado, passou de um inquérito em 2015 para 117 neste ano. Em 2017 foram instaurados 31 procedimentos. Ainda sobre este tipo de delito, nenhum investigado foi indiciado pela polícia em 2015 e, até o dia 19 de dezembro de 2018, foram 377 suspeitos apontados em inquéritos.