A Polícia Civil informou que Euler Fernando Grandolpho, 49 anos, autor dos disparos na Catedral Metropolitana de Campinas, na tarde desta terça-feira (11), era morador de Valinhos, cidade vizinha a Campinas.
Grandolpho foi servidor concursado do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), atuando como auxiliar de Promotoria I, na Comarca de Carapicuíba, região metropolitana de São Paulo.
O Ministério Público de São Paulo informou que ele pediu exoneração do cargo em 3 de julho de 2014. O perfil de Euler em uma rede social, sem postagens, informa que ele estudou no Colégio Técnico da Unicamp e na Unip, em Campinas.
O tiroteio ocorreu por volta das 13h25min, segundo informações da Polícia Militar. De acordo com relatos, o homem invadiu a igreja e atirou contra as pessoas. Quatro morreram no local. A Secretaria de Segurança Pública informou que policiais militares atiraram contra o autor dos disparos e, em seguida, ele se matou. Ainda não se sabe a motivação do crime.
Feridos
Um homem de 84 anos, que foi atingido no tórax e no abdômen, passou por cirurgia no Hospital Municipal Doutor Mário Gatti e agora está na Unidade de Terapia Intensiva. Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, o estado de saúde dele é grave. Uma mulher de 65 anos foi levada para a mesma unidade, permanece em observação, mas o estado dela é estável. Ela foi ferida no tórax, na mão e teve uma fratura na clavícula.
As outras duas pessoas baleadas foram levadas para o Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e para o Hospital Beneficência Portuguesa de Campinas.
Na hora dos disparos, a polícia estava mobilizada para um roubo a banco no centro de Campinas e várias viaturas foram mobilizadas para cercar a região.
Um guarda municipal que atendeu a ocorrência disse, em entrevista à GloboNews, que a cena dentro da igreja é desesperadora:
– Uma tragédia muito grande, vimos vários idosos baleados em regiões (do corpo) muito graves, como cabeça e pescoço.
Pelo Facebook, a Arquidiocese de Campinas afirmou que a Catedral segue fechada para atendimento às vítimas.
Testemunhas ouviram vários disparos
A gerente de uma loja de alianças que fica perto da catedral ouviu o barulho dos disparos e se assustou.
– Ouvimos muitos tiros, mais de 20. Ouvi, mas não estava entendendo. Só fui entender quando as pessoas entraram correndo e gritando dentro da loja. Vi um senhor, todo ensanguentado, correndo, até que uma ambulância o segurou – disse Patrícia Silvério, 40 anos.
Segundo ela, várias lojas das redondezas fecharam as portas, e uma faixa amarela faz o isolamento do local. Pedro Rodrigues estava dentro da Catedral e viu quando o atirador entrou na igreja e fez os disparos.
– Era hora do almoço e fazia uns 5 minutos que a missa tinha acabado. Ele chegou com a arma em punho e saiu atirando. Sempre pensei que a igreja era um lugar seguro – disse Rodrigues.