A 1ª Vara Criminal de Canoas decidiu que André Friedrich vai ser julgado pelo júri, mas ainda não marcou uma data para o julgamento pelo fato de que ainda cabe recurso da decisão. Ele e outro réu são acusados de planejar a execução da corretora de seguros Andressa Reinaldo Ellwanger, de 25 anos, morta na frente da filha de dois anos, em setembro de 2016, no município.
Segundo depoimento de Friedrich à polícia, ele afirmou ter contratado um homem "para dar um susto" na esposa e que a situação teria saído do controle. Ele teria pago R$ 10 mil ao homem responsável por simular um assalto e realizar a execução. A acusação alega que o crime foi premeditado e teve como motivação uma disputa patrimonial entre o casal envolvendo uma herança. Além disso, um seguro de vida em nome de Andressa também poderia estar por trás das constantes brigas entre ela e o marido.
Friedrich está preso na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc). O advogado Mateus Marques, que defende ele, diz que vai analisar a sentença com cautela para tomar as medidas cabíveis na forma de um recurso sobre o caso ir a júri.
Crime
O crime ocorreu na madrugada do dia 18 de setembro, quando Andressa Ellwanger Friedrich, André Friendrich e a filha de dois anos chegavam do Acampamento Farroupilha de Canoas. Eles foram abordados por um homem armado, que estava mascarado e efetuou um disparo na cabeça da vítima. Inicialmente, o caso foi tratado como latrocínio, mas a investigação revelou que o crime teria sido planejado pelo marido da vítima. O outro homem envolvido no caso foi identificado como Anderson Souza. Ele teria um relacionamento com a prima da vítima e também foi funcionário de André Friedrich.