Está marcado para às 14h30min da tarde desta sexta-feira (28), na 1ª Vara Criminal de Canoas, a audiência de instrução do processo sobre a morte da corretora de seguros Andressa Reinaldo Ellwanger, de 25 anos, morta na frente da filha de dois anos, em setembro de 2016. O marido, André Friendrich, está preso na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc).
Nesta fase, as testemunhas de acusação do caso, como delegados e vizinhos, serão ouvidas na audiência. Somente depois desta etapa os réus serão convocados para prestar depoimento à justiça.
Conforme o delegado Thiago Bennemann, em seu segundo depoimento à polícia, André afirmou ter contratado um homem "para dar um susto" na mulher e que a situação teria saído do controle. Ainda de acordo com a polícia, ele pagaria R$ 10 mil ao homem responsável por simular um assalto e realizar a execução. No entanto, menos de um mês depois, a juíza Eda Salete Zanatta de Miranda, da 1º Vara Criminal de Canoas, atendeu pedido do Ministério Público Estadual e determinou que a polícia ouvisse novamente o marceneiro.
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A defesa de André Friendrich reclama da forma como o depoimento foi tomado. Segundo o advogado Mateus Marques, o testemunho teria sido colhido sem a presença de um advogado.
– Essa é uma das argumentações que a defesa vai utilizar hoje. Vamos questionar porque esse processo foi feito de forma equivocada, destacou.
O crime ocorreu na madrugada do dia 18 de setembro, quando Andressa Reinaldo Ellwanger Friendrich, André Friendrich e a filha de dois anos chegavam do Acampamento Farroupilha de Canoas. Eles foram abordados por um homem aramado, que estava mascarado e efetuou um disparo na cabeça da vítima.
Inicialmente, o caso foi tratado como latrocínio, mas a investigação revelou que o crime teria sido premeditado, com uma motivação patrimonial. De acordo com a investigação, André Friendrich teria dito em depoimento que uma herança era causa de brigas frequentes entre o casal. Além disso, um seguro de vida em nome da mulher morta também surgiu como hipótese para as motivações do crime.
O outro preso foi identificado como Anderson Souza. Ele teria um relacionamento com a prima da vítima e também foi funcionário de André Friedrich.