A presença de reforço policial em Bento Gonçalves, nos últimos 20 dias, resultou em 40 prisões e mais de 4,5 quilos de drogas apreendidas. O deslocamento de 20 policiais militares do 1º Batalhão de Operações Especiais de Porto Alegre ao município faz parte da operação Dissolutio, deflagrada desde o dia 7 de setembro no município para conter o crescimento da violência na cidade da Serra. Nesse ano, foram registrados 37 homicídios, número que já superou o índice registrado em todo o ano passado, quando foram 34 assassinatos.
São prisões relacionadas ao tráfico de drogas, captura de criminosos foragidos e porte ilegal de armas. Foram apreendidos 307 gramas de crack, 181 gramas de cocaína, 3,3 quilos de haxixe, 620 gramas de drogas sintéticas e dez armas. Os agentes que estão localizados em Bento Gonçalves não têm prazo para deixarem o município.
— Esses números mostram que as ações repressivas estão dando resultado. No entanto, o importante é que a população se sinta segura. Somente a presença dos policiais nas ruas é um fator preventivo diante da violência. É isso que queremos estimular — explica o capitão da Brigada Militar em Bento Gonçalves, Rogério Schuh.
De acordo com informações do Comando Regional de Polícia Ostensiva da Serra (CRPO/Serra), 68% dos homicídios registrados em Bento neste ano estão relacionados ao tráfico de drogas.
Força Gaúcha reforça segurança para Feira Internacional do Vinho
Além dos policiais do BOE da Capital, outros 20 policiais da Força Gaúcha de Pronta Resposta (FGPR) estão em Bento Gonçalves para reforçar a segurança para a Feira Internacional do Vinho, que ocorre até o próximo sábado.
O titular do CRPO/Serra, coronel Ricardo Fraga Cardoso, salienta que o efetivo conta com dez viaturas que circulam pela região conforme a necessidade. Cardoso salienta que os policiais permanecem em pontos estratégicos para circular em cidades, como Caxias do Sul, Farroupilha, São Marcos, Gramado e Canela.
— O efetivo da FGPR é composto principalmente por policiais da reserva que estão ausentes do serviço dentro dos últimos cinco anos. Eles fazem uma rápida reciclagem e já estão aptos a atuar no policiamento ostensivo. Eles ficam durante períodos de cerca de 15 dias em determinada região — afirma Cardoso.