Um trabalho conjunto da Polícia Civil de Nova Petrópolis, na Serra, e de São Lourenço do Sul, no Sul do Estado, resultou na prisão preventiva de um jovem de 19 anos suspeito de ter participação na morte do garçom Alexandro Grott, 32 anos. Grott está desaparecido desde o início de julho. Ele morava sozinho em uma residência de Picada Café. Além do jovem de 19 anos, outro suspeito do crime está com a prisão preventiva decretada e segue sendo procurado pela polícia.
Dias depois do desaparecimento, policiais cumpriram mandado de busca e apreensão na casa do garçom, em Picada Café. Havia duas pessoas na residência, que fugiram ao perceberem a chegada dos agentes. Na residência, os policiais encontraram um quilo de maconha, cerca de 20 gramas de cocaína e uma balança de precisão. Foi na casa que os policiais encontraram o celular com a filmagem que mostra criminosos queimando o corpo de Grott. Não foram encontradas manchas de sangue na residência.
Conforme o delegado Camilo Pereira Cardoso, da delegacia de Nova Petrópolis e responsável pela investigação, as imagens, mesmo não muito nítidas por conta da fumaça, mostram o homem sendo queimado. Em seguida, é possível ver, também sem total nitidez, os criminosos decapitando um corpo. A polícia acredita que Grott foi morto com um tiro e, depois, carbonizado. As imagens do celular não estão sendo divulgadas pela polícia.
O delegado explica que a motivação do crime ainda não está esclarecida, mas é fato que, após o desaparecimento, a casa da vítima foi tomada por criminosos e passou a ser utilizada como ponto de tráfico de drogas. O corpo de Grott não foi encontrado. Porém, os policiais localizaram um material que pode ser humano em um riacho próximo à casa dele.
— Mandamos para a perícia para saber, primeiro, se é humano e depois confirmar se é a vítima — explica o delegado.
Após ser preso em São Lourenço do Sul no final da manhã desta segunda-feira (6), o suspeito foi ouvido e trazido para Serra. Depois, encaminhado para a Penitenciária Estadual de Caxias do Sul, na localidade de Apanhador. Ainda segundo o delegado, o teor do depoimento do suspeito é mantido em sigilo para não atrapalhar a investigação.