A Secretaria de Segurança Pública do RS finaliza uma portaria que permitirá que dezenas de cidades gaúchas possam ter um número único de emergência. O projeto pretende reunir os serviços de chamadas para Corpo de Bombeiros, Brigada Militar (BM), Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal (PRF), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e até Guarda Municipal para aquelas cidades que têm.
Conforme o coordenador do Sistema de Segurança Integrada com Municípios (SIM), Alexandre Aragon, o número único de emergência deve ser lançado para 25 cidades que têm centrais de comando, mas elas vão poder canalizar a demanda de 420 municípios que já aderiram ao SIM. Segundo Aragon, além de Porto Alegre que será uma das primeiras cidades a aplicar o número único, Bento Gonçalves está com os processos adiantados.
O secretário municipal de Segurança de Bento Gonçalves, José Paulo Marinho, destaca que a cidade inaugurou uma nova estrutura do Centro Integrado de Operações no ano passado.
— Bento Gonçalves pode ser modelo porque temos a estrutura que comportaria que todas as instituições migrassem para dentro do centro. Assim que o Estado autorizar, já temos condições de colocar os serviços de emergência em um entroncamento de linha único assim como ocorre na Europa e nos Estados Unidos — explica Marinho.
As demais regiões que serão contempladas com o número único ainda não foram divulgadas pela Secretaria de Segurança. Mas outras cidades da Serra também deverão ser contempladas. Conforme Aragon, não havia estudo de cidades que operavam com sistema integrado e a primeira fase de diagnóstico para a implantação foi concluída. Agora o projeto está na consultoria jurídica e deve ir para a Casa Civil antes de ser publicado.
— Nós pretendemos que todos os municípios estejam unificados até novembro — prevê Aragon.
O coordenador do projeto destaca que a implantação depende da vontade de cada gestão municipal e cita o caso de Caxias do Sul, que seria candidata a ter uma central, mas que ainda não aderiu ao SIM. Aragon acrescenta que as cidades integradas vão receber policiais militares temporários egressos das Forças Armadas para auxiliar nas centrais de emergência e questões de videomonitoramento. O edital é de 800 vagas e o coordenador do projeto diz que estes serviços terão prioridade de efetivo em relação a outros serviços internos que esses profissionais poderão executar.
Em Bento Gonçalves, o secretário de Segurança não descarta o reforço de estagiários e até a contratação de terceiros para operar o atendimento telefônico.