Depois de um tiroteio entre traficantes e policiais na sexta-feira (8), nos bairros da Urca e do Leme, no Rio de Janeiro, sete corpos foram encontrados neste domingo (10). Seis deles foram localizados pelos bombeiros no mar da Praia Vermelha na manhã; o sétimo foi achado pelos próprios familiares em uma mata, à tarde. As informações são do site G1.
Na sexta, os policiais estavam realizando uma operação na região desde as 8h. Por volta das 13h, eles teriam deparado com um grupo de homens armados na mata, ocasionando um confronto armado. Um oficial foi ferido nas pernas por estilhaços de uma granada, seis fuzis foram apreendidos e uma pessoa foi presa.
A Polícia Militar não divulgou a identificação dos seis primeiros mortos encontrados pelos bombeiros; o sétimo, de acordo com os parentes, se chama Franklin Paes Miranda, 29 anos, conhecido como Tinaia — ele seria um traficante do Complexo da Maré, na zona norte do Rio, chamado para reforçar uma facção em uma disputa pelo controle da venda de drogas nos morros do Leme.
De acordo com familiares que estavam acompanhando as buscas na Praia Vermelha, os mortos tinham ligação com o tráfico. Entretanto, eles acusam os policiais de "execução".
— Eles pegaram os meninos, renderam os meninos, mataram com um tiro na cabeça e jogaram lá de cima da pedra. Isso é uma coisa lamentável e abominável. A polícia do Rio fez uma chacina com nossos familiares — declarou a parente de um dos mortos.
Já os familiares de Franklin contam que iniciaram a busca pelo corpo por conta própria após descobrirem que ele não estava entre as outras seis vítimas encontradas anteriormente.
A troca de tiros na sexta-feira fez com que o bondinho do Pão de Açúcar interrompesse suas atividades por duas horas — é a primeira vez que isso acontece em cem anos de funcionamento. O aeroporto Santos Dumont também ficou fechado por 15 minutos.