Foi preso pela Polícia Civil, no final da manhã desta sexta-feira (11), em Estrela, no Vale do Taquari, um dos três suspeitos do assalto com morte do taxista Gilmar Serafini, 59 anos, na madrugada da última quinta-feira (10). Ele foi encontrado escondido na casa da mãe, no bairro Imigrante, na mesma cidade.
O homem foi identificado como Antônio Roberto da Silva, 28 anos. O delegado José Romaci Reis afirma que o suspeito confessou aos policiais que participou do crime. Na versão do preso, um dos seus amigos anunciou o assalto e o taxista reagiu. O amigo teria esfaqueado a vítima, e ele corrido ao perceber.
— Ele alega que saiu correndo e não ajudou, mas acreditamos que ajudou, sim, a segurar a vítima. Num primeiro momento, ele disse que havia descido antes do táxi, mas depois foi confrontado com uma câmera e abriu o jogo — afirma o delegado.
De acordo com o policial, o suspeito já era conhecido da polícia por ter sido investigado pela mesma delegacia. Uma muda de roupas que ele estaria usando no dia do crime foi apreendida pelos agentes. Apesar de já estar limpa, os policiais acreditam que o Instituto-Geral de Perícias (IGP) pode identificar o sangue da vítima.
A polícia procura agora um outro homem, de 23 anos, e um adolescente, de 17 anos. A Justiça concedeu o pedido de prisão do mais velho e a internação provisória do outro na manhã desta sexta-feira (11).
O crime
O crime de quinta-feira repete o ocorrido com o irmão da vítima há 21 anos, também no Vale do Taquari. O também taxista Gilberto Serafini, à época com 36 anos, foi morto a tiros por assaltantes em uma corrida em 1997.
Era por volta de 1h30min desta quinta-feira (10), quando Gilmar Serafini, 59 anos, foi encontrado, ainda com vida, dentro do táxi em que trabalhava, na BR-386, em Estrela. Os PMs chamaram a Samu, mas a vítima acabou morrendo a caminho do hospital. De acordo com o delegado Dinarte Marshall, não foram encontrados o dinheiro, a carteira e o celular da vítima.
Perícia realizada pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP) detectou que ele foi morto com vários golpes de faca, no peito e no rosto. Os peritos informaram aos policiais que acreditam que o taxista estava no banco do carona quando foi morto.
De acordo com o delegado, o taxista teria começado uma viagem com o trio de suspeitos, que saiu de um bailão em Lajeado. Colegas de Gilmar contaram à polícia que ele estava na fila de taxistas, em frente à casa de festas, aguardando por corridas.