Cápsulas deflagradas de fuzil 7.62 e 5.56 foram encontradas nas proximidades da agência do Banrisul atacada por criminosos em Piratini, no Sul do Estado, na madrugada desta sexta-feira (2). A análise da Polícia Civil é que os disparos com as armas de grosso calibre foram feitos pelos bandidos para amedrontar moradores e afastar a possibilidade de eventual reação.
Conforme a Delegacia de Roubos, as armas são do mesmo tipo que foram utilizadas nos ataques a bancos em Cerro Grande do Sul, em dezembro de 2017, e em Butiá, em janeiro deste ano. Os calibres do mesmo tipo definem uma das linhas de investigação para o caso mais recente: de que o mesmo grupo pode ter atacado os três bancos.
— No roubo a banco não é difícil de se ver o emprego de fuzis. Isso demonstra organização da quadrilha, já que são calibres potentes, armas restritas. É diferente de um roubo com explosivos e só um revólver 38 — diz o delegado Joel Wagner.
Ainda assim, o delegado afirma que ainda é cedo para falar nomes de potenciais suspeitos dos crimes. Ele avalia que nos outros dois casos houve cordão humano –enquanto na madrugada desta sexta um homem foi feito refém. Uma equipe da Delegacia de Roubos foi até a cidade para auxiliar a delegacia local nas investigações.
Os policiais já sabem que pelo menos dois caixas foram arrombados com uso de explosivos. Um deles há quase certeza de que o dinheiro foi levado. Em um terceiro terminal, a banana de dinamite não explodiu, ficando presa na parte onde sai o dinheiro. Por isso, o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Brigada Militar foi chamado para fazer a remoção. Por volta das 11h, o helicóptero da corporação chegou ao local para os PMs começarem o trabalho.
Os criminosos teriam fugido em uma Duster prata. O veículo ainda não foi encontrado pela polícia, assim como os bandidos. Batalhões da Brigada Militar região foram alertados sobre a fuga dos assaltantes.
Levantamento da Rádio Gaúcha mostra que este é o 11º ataque a banco com explosivo no Rio Grande do Sul em 2018. O último havia sido na quinta-feira (1º), em São José do Hortêncio. No mesmo período de 2017, foram 10 crimes semelhantes.