Acusado de homicídio, o ex-empresário Carlos Flores Chaves Barcellos, conhecido como Alemão Caio, teve seu julgamento adiado pela terceira vez nos últimos cinco meses. Desta vez, o julgamento seria dia 3 de abril, em Torres, mas foi cancelado pela juíza Marilde Goldschimidt porque testemunhas não foram localizadas. A Justiça ainda não marcou nova data para o sorteio dos jurados e nem para um novo júri. Segundo a acusação, Caio teria matado José Augusto Bezerra de Medeiros Neto, 50 anos, em 2011, com nove facadas em Torres.
O motivo do crime seria ciúmes do relacionamento da vítima com a ex-companheirado acusado, Ivanise Menezes Chaves Barcellos. A não localização dela nos últimos dias também foi um dos motivos pelo qual a magistrada cancelou o júri, evitando prejuízos maiores.
"Analisando os elementos dos autos, verifiquei que existe séria possibilidade de nova frustração da sessão de julgamento designada neste processo (...) Diante desse quadro e para evitar retrabalho e nova frustração de atos processuais, o que já ocorreu várias vezes neste feito, cancelo o júri e o sorteio de jurados designados", escreveu a juíza em despacho.
Alemão Caio responde por homicídio, no caso de Neto, e por tentativa de homicídio, no caso de Ivanise. Na época do crime, ele também usou a mesma faca para tentar matar a ex-esposa. Ele sobreviveu e teve apenas ferimentos leves. O réu já teve vários problemas de saúde na prisão. Se condenado, sua pena pode ser de 12 a 30 anos pelo homicídio e de 10 a 20 anos pela tentativa de homicídio.