Está preso desde o final da noite desta sexta-feira (19), Lucas Eduardo da Silva Vaz, 21 anos, suspeito de participação na morte do jornalista Carol Majewski, 57 anos, vítima de latrocínio (roubo com morte) na noite de domingo (14), no centro de Porto Alegre.
Lucas foi abordado por homens do Exército que atuam na segurança do Colégio Militar, no bairro Bom Fim. Conforme o delegado Fernando Soares, da 1ª Delegacia da Polícia Civil (1º DP), o rapaz costumava circular pela região, buscando encontro com pessoas interessadas em programas sexuais.
Lucas foi reconhecido após divulgação de imagens do crime, gravadas pelo circuito de câmeras do prédio da vítima, na Rua Riachuelo. Policiais militares foram chamados e levaram Lucas para o plantão da Área Judiciária da Polícia Civil, e no final desta manhã, conduzido para depor na 1º DP.
De acordo com o delegado Soares, Lucas admitiu participação no crime, mas negou ter desferido as facadas que tiraram a vida de Majewski. Na sexta-feira já tinha sido preso Gabriel da Silva Ribas, 19 anos, em um posto de combustíveis do bairro Menino Deus. Ele declarou que Lucas pegou um celular da vítima, gerando discussão, e, em seguida, golpeou o jornalista com uma faca que tinha retirado da cozinha. Ao depor, Lucas disse que foi Gabriel quem atingiu Carol, sem qualquer motivação.
_ Essas contradições são comuns, quando cada um quer se livrar da acusação. Mas a versão do Gabriel é mais lógica. O importante é que os dois admitem participação e serão indiciados _ afirmou Soares.
Após matar Majewski, a dupla fugiu com pertences do jornalista. Uma faca foi apreendida na cama da vítima, aparentemente sem sinais de sangue, e foi encaminhada para perícia. Outra faca, que pode ser a arma do crime, teria sido jogada no Guaíba, conforme relato de Lucas.
Segundo o delegado, Lucas e Gabriel são moradores da Ilha da Pintada, mas vivem como andarilhos na região da Avenida Ipiranga, onde dormiriam sob uma das pontes, próximo ao Guaíba. Soares disse existir registros policiais contra os dois por furto, roubo e tráfico, mas nenhum deles havia sido preso e condenado.